3 em cada 10 professores já recorre à IA em alguma etapa do trabalho. Entre os que fazem isso com regularidade, a percepção é parecida: há mais tempo para dedicar aos alunos, porque parte das etapas repetitivas acaba automatizada.
Nesse cenário, o ChatGPT lançou uma versão específica para professores, especialmente aqueles que atuam desde a educação infantil até o ensino médio. O acesso será gratuito para profissionais verificados até junho de 2027.
O ponto que mais chama atenção é o cuidado com a privacidade. A plataforma segue regras norte-americanas que tratam de dados educacionais e impede que informações de alunos ou materiais produzidos pelos docentes sejam usadas para treinar modelos de IA. Esse detalhe protege a relação dos professores com a tecnologia, porque permite usá-la sem risco de expor conteúdos sensíveis da escola.
Outro aspecto importante é a integração com ferramentas que já fazem parte da rotina de ensino. Documentos do Google Drive, arquivos do Microsoft 365 e produções do Canva podem ser usados diretamente no ambiente, o que facilita a criação de atividades e a adaptação de aulas que já existem. O sistema ainda permite configurar preferências (níveis de desempenho acadêmico, currículo, perfil da turma) para deixar as sugestões mais próximas da realidade de cada sala. Há, também, espaço para trabalho conjunto entre colegas.
A implementação está começando por grandes redes escolares norte-americanas, que devem oferecer um panorama mais claro de como o sistema funciona em escala. A expectativa é que essa versão voltada aos professores reduza parte da carga administrativa que consome o tempo de planejamento e permita que o foco volte, aos poucos, para o que acontece dentro da sala.
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